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Terapia MAAF (justificativa e história)

O Prof. Dr. Carlos B. M. Monteiro desenvolveu a abordagem fisioterápica MAAF após realizar vários cursos sobre o tratamento da Paralisia Cerebral e muitos anos de atendimento prático. Considera importante que o Fisioterapeuta conheça e compreenda diferentes filosofias para utilizá-las, sempre que necessário, durante seu atendimento.

Alguns Fisioterapeutas optam por aderir estritamente a uma determinada abordagem, seguindo e interpretando os pensamentos e a visão original com rigidez, é a chamada “atitude purista”. No entanto, muitos deles, quando se tornam mais experientes, iniciam o estudo de diferentes métodos de tratamento1. No entanto, como identificar o que uma abordagem oferece de melhor se comparada à outra2,3? Essa pergunta não tem uma resposta precisa, pois muitas abordagens se opõem diante de casos específicos e o terapeuta não sabe qual será a melhor opção a seguir.

Dificuldades em definir uma metodologia específica de tratamento, a falta de uma forma de mensurar resultados e a multiplicidade de variáveis envolvidas no processo de tratamento são problemas para demonstrar uma evolução significativa dos diferentes conceitos de tratamento na Paralisia Cerebral4.

Desta forma, o fisioterapeuta que trabalha com a Paralisia Cerebral, começa a organizar seu pensamento e discernir entre o que é mais adequado ou não para a melhora de seus pacientes. Após identificar um raciocínio que seja justificável, baseado em evidências e, de preferência, com comprovação científica, estas idéias em conjunto contemplam uma nova forma de raciocinar perante o paciente. Com certeza, este raciocínio tem como base outros tratamentos, mas ao identificar um diferencial para as propostas oferecidas, surge uma nova abordagem9.

A abordagem MAAF surgiu, então, da dificuldade que o fisioterapeuta Carlos Monteiro constatava para organizar o atendimento fisioterápico. Verificou que existem muitos conhecimentos na fisiologia e biomecânica que são utilizados no dia-a-dia pelo fisioterapeuta, mas que as aplicações desses conhecimentos, para viabilizar mais funções na realização de tarefas, não estavam esclarecidas.

A abordagem MAAF não tem como pretensão desmerecer tratamentos existentes e sim propiciar ao fisioterapeuta mais uma opção de viabilização de terapia de acordo com a necessidade do paciente. É necessário enfatizar que o diferencial está na utilização dos conhecimentos existentes de fisiologia (neurofisiologia da motricidade) e biomecânica na aprendizagem motora para alcançar melhora em crianças com alteração na postura e movimento.

Tani (2005)11 cita que a aprendizagem motora procura estudar processos e mecanismos envolvidos na aquisição de habilidades motora e os fatores que a influenciam, ou seja, como a pessoa se torna eficiente na execução de movimentos para alcançar uma meta desejada, com a prática e experiência. A abordagem MAAF apresenta propostas de utilização das classificações de habilidades motoras e os fatores que as influenciam como12-14 motivação, demonstração, estabelecimento de metas, tipos de prática, estrutura de prática e conhecimento de resultados para organizar o tratamento fisioterápico e possibilitar mais funcionalidade ao paciente com Paralisia Cerebral.

Referências

1 Edwards S. Neurological physiotherapy. New York: Churchill Livingstone, 1996.

2 Shepherd RB. Fisioterapia em pediatria. 3 ed. Santos editora, 2002.

3 Umphred DA. Fisioterapia neurológica. 2 ed. São Paulo: Manole, 1994.

4 Stokes M. Neurological physiotherapy. London: Mosby, 1998.

5 Dias RC; Dias JMD. Prática baseada em evidências: uma metodologia para a boa prática fisioterapêutica. Fisioterapia em movimento. V.19. n.1, 2006.

6 Law M; Darrah J; Pollock N; Rosembaum P; Russell D; Walter SD; Petrenchik T; Wilson B; Wright V. Focus on function- a randomized controlled trial comparing two rehabilitation interventions for young children with cerebral palsy. BMC Pediatrics. 2007.

7 CEBP- Centre for evidence based physiotherapy. January. 2008 In: http://www.pedro.fhs.usyd.edu.au/CEBP/index_cebp.html

8 PEDro- Physiotherapy evidence database. January 2008 In: http://www.pedro.fhs.usyd.edu.au/index.html

9 Abernethy B; Sparrow WA. The rise and fall of dominant paradigms. In: Motor behavior research. In: Summers JJ. Approaches to the study of motor control and learning. Amsterdam, North-Holland, 1992.

10 LACOM- Laboratório de Comportamento Motor da Escola de Educação Física e esportes da Universidade de São Paulo In: http://www.usp.br/eef/efp/lacom/

11 TANI G. Comportamento motor, aprendizagem e desenvolvimento. Guanabara Koogan, 2005.

12 Shumway-Cook A; Woollacott MH. Controle motor - teorias e aplicações práticas. 2 ed. Manole, 2003.

13 Gallahue LD; Ozmun JC. Compreendendo o desenvolvimento motor. 3 ed. Phorte editora, 2002.

14 Schmidt RA; Wrisberg CA. Aprendizagem e performance motora. 2 ed. Artmed, 2006.

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